quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pré-candidatos de Araraquara se preparam para luta na internet

por Felipe Turioni
ESPECIAL PARA A AGEUNIARA

A base eleitoral de Araraquara conta para as eleições deste ano com quatro pré-candidatos ao cargo de deputado federal e dois para a cadeira de deputado estadual. Com propostas e programas de governo diferentes, pensam da mesma forma quando o assunto é o uso da internet para suas campanhas.
Entre os pré-candidatos a deputado federal, Edna Martins, do PV, e Dimas Ramalho, que tenta se reeleger pelo PPS, são usuários frequentes da rede mundial de computadores. Propagam suas ideias sobretudo pelo serviço de microblog Twitter, usado com muita força também pelos pré-candidatos à presidência José Serra (PSDB), Dilma Roussef (PT) e Marina Silva (PV)

O site é bastante utilizado também por Edinho Silva, pré-candidato a deputado estadual pelo PT. Para os pré-candidatos, o uso da internet nessas eleições será fundamental.

Segundo Dimas Ramalho, deputado federal que pleiteia novo mandato, o uso das novas mídias é importante para mostrar o outro lado do ser humano por trás do político. “Muita gente que me segue no Twitter se surpreende, porque comento sobre música, cinema, teatro, dando dicas de shows e de fatos ocorridos no mundo das artes”.

Dimas não esquece, porém, da importância da utilização desses meios para o ambiente democrático e garante que esse novo tipo de divulgação eleitoral “influenciará opiniões, mas não definirá as eleições”.

A pré-candidata Edna Martins diz que “o resultado da Internet nas eleições deste ano ainda é uma incógnita” e utilizará a internet “para interagir com os eleitores, ouvindo propostas e demandas das diferentes regiões do Estado e do País”.

“Sem dúvida é inevitável reconhecer sua importância para divulgar propostas. Mas é importante que não seja uma plataforma estática, mas também um meio de se ouvir a comunidade”, esclarece Edna, que aponta o diferencial da campanha eleitoral de 2010 com o advento das redes sociais: “Enquanto, na campanha tradicional, falamos de forma direcionada para os eleitores, na Internet as coisas mudam. Existem internautas de todas as faixas etárias buscando informação. Estamos na era da informação e falamos para todo esse público”.

Para o ex-prefeito e candidato a deputado estadual Edinho Silva, essa maior aproximação com a sociedade será responsável por levar os debates ao público que utiliza a ferramenta com freqüência. Porém, ressalva, "a internet não substitui a conversa olho no olho, para sanar dúvidas das pessoas". Edinho se utiliza, além do Twitter, de meios de comunicação online, como site, blog, Orkut, Facebook, Twitter, Flickr e boletins eletrônicos, tentando maior aproximação com o público e o eleitorado.

Padre Fernando Fraga (PTB) e Coca Ferraz (PDT), pré-candidatos à cadeira legislativa no planalto central, também defendem a mesma ideia, embora não participem ativamente dos sites de relacionamentos nem mantenham tão atualizados seus blogs. Ainda.

Coca já disse que seu partido disponibilizará todos os recursos para sua campanha a deputado estadual. O mesmo garante o padre Fernando Fraga.

Já para o ex-prefeito Roberto Massafera, também candidato a deputado federal, “o que mais vale em campanha ainda é a conversa com o eleitor nas ruas”, avaliando o uso, que considera restrito, da internet pelos eleitores.

Mas além do “corpo a corpo” e da distribuição de “santinhos”, a campanha deste ano promete ser uma luta para conquistar eleitores pelo mundo virtual.

De olho nisso, foi sancionada pelo presidente Lula, no ano passado, a Lei 12.034, que regulamenta regras para utilização da internet nas campanhas eleitorais. A nova legislação permite o uso de sites, blogs e redes sociais para a realização de campanhas, somado a manifestação interativa dos eleitores, por meio de suas opiniões e críticas – que são inevitáveis nas mídias sociais.

Porém, propagandas pagas em sites noticiosos, por exemplo, ficam proibidas. A campanha deve ser espontânea, feita pelo candidato, partido, coligação ou pessoa comum que se sinta no direito de manifestar sua opinião sobre aquele ou outro candidato.

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